UMA ESTRELINHA A MAIS PARA O BRASIL NA RODA DE DEBATE DO INVESTIDOR GRINGO
A tradição do rali de Natal parece estar se confirmando, pelo menos até este momento. Até o final do ano, prevemos mais dias positivos, mesmo que possa ocorrer alguma correção no percurso.
Ajustes, mesmo que marginais, fazem parte do processo e são bem recebidos.
É possível que tenhamos esse tipo de ajuste hoje, especialmente considerando a queda nos mercados europeus nesta manhã, acompanhada pelos futuros americanos.
Na Ásia, o dia apresentou um desempenho um pouco melhor, apesar de o Banco Central da China (PBoC) ter mantido as taxas de referência das LPRs de um e cinco anos em 3,45% e 4,20%, respectivamente.
Na agenda do dia, estamos monitorando a confiança do consumidor nos EUA, mas os eventos realmente significativos estão reservados para mais tarde, com outra leitura do PIB do terceiro trimestre amanhã e o índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE), a medida preferida pelo Fed para avaliar a inflação, na sexta-feira.
No cenário internacional, observamos a deflação dos preços ao consumidor no Reino Unido, que foi mais pronunciada do que o esperado, e os preços ao produtor na Alemanha, que caíram mais do que o projetado.
Aqui, continuamos a seguir essa dinâmica global, mas permanecemos atentos ao cronograma de eventos em Brasília.
A ver…
00:52 — Manutenção do discurso pode ser algo bom
No Brasil, a análise da ata mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom) transcorreu de forma mais positiva do que inicialmente esperado, mantendo-se alinhada com o tom previamente estabelecido pelas autoridades.
Como discutimos anteriormente, antecipamos novos cortes de 50 pontos-base na taxa de juros, com pouca margem para uma aceleração desse ritmo, a menos que os dados indiquem a necessidade de uma abordagem diferente, como em casos de atividade econômica significativamente mais fraca do que o previsto.
Hoje, aguardamos a divulgação do IBC-Br de outubro, projetando uma queda de 0,20% em relação a setembro, quando já observamos um declínio de -0,06% no mês anterior.
Além das considerações sobre a atividade econômica e, por conseguinte, sobre os preços, permanece em pauta o debate fiscal, com destaque para a arrecadação em novembro e a sessão solene do Congresso para promulgar a reforma tributária.
Outros temas em aberto antes do recesso legislativo, após a aprovação da LDO de 2024, incluem a proposta relacionada às subvenções do ICMS e o texto que trata da tributação e regulamentação das apostas esportivas e cassinos virtuais.
Neste momento, parte da prudência adotada pelo Banco Central pode ser atribuída às incertezas remanescentes no âmbito fiscal, que continuam a influenciar a nossa curva de juros.
01:49 — Ganhando espaço entre as agências de rating
As notícias referentes aos nossos ativos continuam otimistas. Ontem, a S&P Global elevou o rating de longo prazo do Brasil de BB- para BB, mantendo uma perspectiva estável (sim, se trata de um “lagging indicator”, mas ainda é uma sinalização importante para o investidor gringo).
Essa elevação foi impulsionada pela aprovação da reforma tributária, representando um avanço significativo na questão fiscal nacional. C
ontudo, é preciso discernir a realidade dos fatos.
Reconhecemos que o aumento na nota apenas consolida uma série de reformas implementadas pelo Brasil nos últimos anos, desde o governo de Michel Temer, sendo a reforma tributária a mais recente e emblemática dessas transformações. Ainda estamos distantes de recuperar nosso grau de investimento, mas os passos corretos foram dados.
Naturalmente, é essencial continuar observando avanços em diversas frentes, o que se tornará cada vez mais desafiador, principalmente devido ao ano eleitoral nos municípios e ao desgaste habitual que afeta o governo a partir do segundo ano de mandato.
Os próximos progressos dependerão das ações na agenda governamental.
A S&P Global indicou a possibilidade de elevar novamente o rating do Brasil nos próximos dois anos, desde que as reformas fiscais sustentem o crescimento de longo prazo do país. Embora desafiador, não é uma meta inalcançável.
Felizmente, não estamos restritos a depender apenas desse cenário, pois há outras notícias positivas em perspectiva.
Com uma projeção de crescimento de 3,1% no PIB neste ano, o Brasil está a caminho de se tornar a nona maior economia do…
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