A BRF (BRFS3) reportou na última segunda-feira um lucro líquido de R$ 823 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo o prejuízo de R$ 956 milhões registrado no mesmo período de 2022. Este foi o primeiro lucro após sete trimestres consecutivos de prejuízos, em resultado bem acima das previsões de analistas. Com isso, os ativos BRFS3 subiam 8,14%, a R$ 15,15 após chegarem a uma máxima de 10,64% (R$ 15,50), em movimento de alta também registrado por outras ações de proteínas.
O JPMorgan disse que a BRF relatou resultados trimestrais mais fortes do que o esperado, com um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,903 bilhão, um aumento de 76% em relação ao ano anterior, superando a estimativa do banco em 4% e o consenso em 10%.
Desta vez, segundo o JPMorgan, as operações internacionais foram responsáveis pelo desempenho superior, entregando uma margem inesperadamente alta de 11,1%, principalmente devido a preços melhores e custos mais baixos.
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Em termos de geração de caixa, o fluxo de caixa livre (FCF) de R$ 631 milhões no 4T23 ficou aquém das expectativas do JPMorgan devido ao consumo de capital de giro. No geral, o JPMorgan acredita que os resultados acima devem levar a um aumento nas estimativas do consenso, especialmente para o mercado internacional.
Para XP Investimentos, a BRF registrou um sólido 4T23 com sinais positivos em todas as linhas. A instituição comenta que esperava que a demanda no mercado doméstico sustentasse a recuperação da margem, que foi entregue juntamente com melhores perspectivas de fluxo de caixa em estoques mais baixos e resultados financeiros de caixa sequencialmente melhores. “No entanto, a operação internacional ganhou destaque com a recuperação de preços em todos os mercados- tendência oposta à da Secex -, impulsionando a margem Ebitda ajustado de 2,6% no 4T22 para 11,1% no 4T23, uma recuperação mais rápida do que o esperado que poderia desencadear revisões de lucros por parte do mercado, enquanto o Brasil reportou uma sólida margem Ebitda ajustada”, destaca.
A Genial também avalia que o frigorífico reportou um trimestre sólido, com resultados pouco abaixo de suas expectativas em termos de receita (-0,7% versus a estimativa da Genial), mas acima em termos de margem Ebitda (+2,1 p.p. versus o que a casa esperava).
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O time de análise da Genial destaca a recuperação sequencial de margens no 4T23, viabilizada por maiores preços de in natura, uma vez que o cenário de sobreoferta global do frango está se normalizando, e por menores custos com grãos. A companhia entregou um resultado sólido no Brasil conforme o esperado. Já o segmento Internacional surpreendeu positivamente ao entregar uma margem Ebitda de dois dígitos, com sua rentabilidade puxada pelo Halal.
Na visão da Genial, a queda nos grãos seguirá como um vento favorável para a BRF nos próximos exercícios. “Continuamos acompanhando de perto o processo de desalavancagem da companhia e esperamos ver novas melhorias no capital de giro com a implementação do programa de eficiência BRF+ 2.0, ainda que as principais…
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