Dona de dois apartamentos de quase mil metros quadrados no Chopin, a socialite também é dona de uma ilha em Angra dos Reis, prédios comerciais, joias, barcos e outras quatro mansões em condomínios de luxo.
Retratada como simpática e generosa, Regina sempre gostou de dar festas para a alta sociedade carioca.
Em uma delas, em 2011, o sobrinho conta que José Marcos, até então o motorista, estava no evento com mais de 300 pessoas. Ele é de Minas Gerais e conseguiu o trabalho após a indicação de uma prima de terceiro grau de Regina.
“Ele veio com essa cara de homem simples, humilde e foi ganhando a confiança dela. E como minha tia sempre foi muito generosa, acabou acreditando. Ele virou uma espécie de faz tudo. Em dezembro de 2011, durante a festa no Chopin, ele estava lá, muito empolgado. Achei que ele estava encantado, deslumbrado, que nem a maioria das pessoas ficam, já que a tia Regina vive uma vida que ninguém vive. Até que ela foi sumindo aos poucos”, afirmou Álvaro.
O sobrinho diz que durante o tempo que morou com a tia, em São Conrado, reparou comportamentos suspeitos de José Marcos, até que teria encontrado documentos falsificados:
“Reparei que ele vivia com o cartão de crédito e talões de cheques assinados. Foi então que investiguei e descobri que ele tinha feito uma procuração como o único herdeiro dela, já que ela não tem filhos. Rasguei tudo, mas ele percebeu que o documento não estava mais lá. Assim que descobriu que ele simulou uma tentativa de assalto, nessa mesma semana ele tentou me envenenar. Ficou ela dopada de um lado e eu quase morrendo do outro. Consegui fugir com a ajuda de uma amiga, fui até a delegacia, mas nada aconteceu. Assim que ele conseguiu tomar o que era dela, ele afastou ela de todos. Ela passou 10 anos sem usar celular, porque ele não deixava. Começou a minar todo mundo de perto dela, inventando que ela estava dormindo, viajando ou tomando banho. As pessoas próximas deles eram socialites que eram coniventes com a situação”, afirma O’hara.