O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu, simbolicamente, a presidência do G20, neste domingo (10), durante o encerramento da 18ª Reunião de Cúpula, em Nova Délhi. Durante o discurso, o petista afirmou que o foco da gestão brasileira será o combate à desigualdade e terá três prioridades: inclusão social e combate à fome; transição energética e desenvolvimento sustentável nas áreas social, econômica e ambiental; e reforma das instituições de governança global.
O lema do G20 no Brasil será “Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável”. Segundo o presidente, o Brasil lançará duas forças-tarefa: Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e Mobilização Social contra a Mudança Climática. O presidente destacou ainda que é preciso acabar com a fome até 2030, caso contrário esse será o maior fracasso multilateral do planeta.
Sobre a condução dos trabalhos do bloco, Lula afirmou que a equipe brasileira vai buscar maior integração entre os grupos coordenados pelos ministérios das Relações Exteriores, da Fazenda e também pelo Banco Central.
“Não adianta acordarmos a melhor política pública se não alocarmos os recursos necessários para sua implementação. Segundo, nós temos de ouvir a sociedade”, explicou.
Dívida externa
O presidente também reforçou a necessidade de ampliação da participação de países do sul global em organizações como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Para Lula, a ampliação é uma das saídas para solucionar a dívida externa de países em desenvolvimento. “Queremos maior participação dos países emergentes nas decisões do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A insustentável dívida externa dos países mais pobres precisa ser equacionada”, afirmou o petista.
“Para recuperar sua força política, o Conselho de Segurança da ONU precisa contar com a presença de novos países em desenvolvimento entre seus membros permanentes e não permanentes”, completou.
Guerra na Ucrânia
No discurso final, Lula repetiu o discurso brando da Declaração de Líderes e poupou o presidente russo Vladimir Putin, dizendo que o G20 não é foro para debater questões geopolíticas.
“Não podemos deixar que questões geopolíticas sequestrem a agenda de discussões das várias instâncias do G20. Não nos interessa um G20 dividido. Só com uma ação conjunta é que podemos fazer frente aos desafios dos nossos dias. Precisamos de paz e cooperação em vez de conflitos”, afirmou Lula.
Próxima Cúpula
A próxima Cúpula será realizada no Brasil nos dias 18 e 19 de novembro de 2024. A partir do dia 01 de dezembro de 2023, quando o Brasil assume a presidência, serão realizadas atividades nas cinco regiões do Brasil.
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