Os sistemas fotovoltaicos já entraram no radar das famílias brasileiras em função da possibilidade de economizar na conta de luz. No entanto, o custo inicial para a compra do equipamento e sua instalação ainda impõe uma barreira de entrada que o consumidor precisa transpor até se beneficiar do alívio no bolso que a geração da própria energia pode resultar no médio prazo.
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Segundo uma simulação feita pelo Portal Solar, empresa de franquia de sistema fotovoltaico, o orçamento médio desse sistema para um consumo de R$ 500 no Brasil pode variar de R$ 20 mil a R$ 35 mil. O payback (indicador do tempo de retorno de um investimento) desse investimento varia de três a quatro anos, a depender da região do País. Veja os detalhes nesta reportagem.
Devido ao valor muitas vezes inacessível, algumas instituições financeiras oferecem linhas de créditos específicas para esse tipo de investimento, com a possibilidade de pagamento em até 96 vezes. Mas com a perspectiva de novas quedas da Selic nos próximos meses, há uma tendência de barateamento dos empréstimos. “Se tivéssemos um cenário com juros a 9% ao ano, possivelmente o preço da parcela ficaria igual ou menor ao da conta de luz, permitindo que a economia com a energia pague o financiamento”, diz Thiago Diniz, diretor do banco Genyx, plataforma para comercialização de kits geradores fotovoltaicos.
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Em agosto, o Banco Central (BC) reduziu em 0,5 ponto porcentual a taxa básica de juros, passando de 13,75% para 13,25% ao ano. O mercado projeta novos cortes da Selic até o fim do ano. Segundo dados do Boletim Focus, a expectativa é que a taxa básica de juros encerre 2023 a 11,75% ao ano. Isso representa uma queda de 1,5 ponto porcentual na Selic até dezembro em relação a taxa atual. O patamar de 9% citado por Diniz está previsto para o final de 2024, conforme a pesquisa Focus da última segunda-feira (11).
Oferta de equipamentos
Com essa perspectiva, Marcelo Aleixo, CEO da Sim, fintech do Santander responsável pela linha de crédito, também reforça a tendência dos empréstimos ficarem mais baratos. Segundo ele, como a Selic atua como referência para as demais taxas do mercado, a sua redução influencia nas condições de financiamento das instituições financeiras. “A queda (da Selic) faz com que o custo do dinheiro diminua e, consequentemente, nossos custos também tendem a reduzir”, diz Aleixo.
No entanto, outras variáveis são importantes para um quedas mais significativas do custo destas linhas de crédito. Uma delas, a oferta dos equipamentos. O CEO da Sim explica que quanto maior for a disponibilidade desses equipamentos para o consumidor, maior será a concorrência de preços no mercado. Esse movimento deve acontecer a medida que o custo da matéria-prima for reduzindo.
“Vemos a queda recente do preço do polissilicio – matéria-prima essencial para os módulos solares – barateando o custo do sistema”, diz Aleixo. No caso da linha de crédito da Sim, o perfil de risco do cliente também contribui para as taxas de juros atreladas ao financiamento e até nas condições de pagamento. Ou seja, se o cliente for considerado um bom pagador, a tendência é que as condições de crédito sejam mais favoráveis.
Quais são as condições dos empréstimos?
As condições de pagamento das linhas de crédito variam de uma instituição financeira para outra. Além disso, os empréstimos costumam ser concedidos a taxas prefixadas. Ou seja, as parcelas serão fixas independentemente do cenário econômico atual e até o fim do contrato. No caso do banco Genyx, as linhas de crédito possuem taxas prefixadas de 1,38% ao mês. Além disso, não há um valor mínimo e os prazos de pagamento podem chegar em até 96 meses com mais quatro de carência.
“O que…
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