Conteúdo/ODOC – O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reiterou a importância de o Brasil abordar a questão fiscal em seu discurso. Ele fez essas declarações durante sua participação nesta quinta-feira (19) em um evento realizado Cuiabá, organizado pela Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores do Mato Grosso (Fenabrave-MT) e pelo Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Estado de Mato Grosso (Sincodiv-MT).
“Os juros são muito mais consequência do que causa. É óbvio que o juro no Brasil é alto, sabemos disso. Mas temos que ter um reconhecimento que o Brasil tem um problema fiscal e que alguma hora precisamos ter um esforço maior para resolver. Caso contrário, vai ser muito difícil daqui para frente”, alertou o presidente do BC.
O tema abordado é alvo de críticas do atual governo Lula (PT). O presidente atacou a política de juros adotada pelo Banco Central várias vezes assim que assumiu a presidência. Campos Neto minimizou afirmando que não estava respondendo ninguém. “Este não é um tema deste governo, não é uma crítica. É algo que já vem de muito tempo”, afirmou.
Campos Neto expressou sua preocupação contínua em relação à situação fiscal do país, destacando que a mesma ainda não foi devidamente resolvida. O presidente do BC enfatizou ainda a necessidade de promover o avanço da agenda econômica no Congresso Nacional, buscando a aprovação de propostas que, teoricamente, poderiam fortalecer a estabilidade fiscal do país.
“O mundo ficou mais desafiador. É como se a barra tivesse subido e você tivesse de ser melhor aluno do que foi no passado”, concluiu Campos Neto.
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