Batizada de Drex, a futura moeda digital brasileira foi anunciada pelo Banco Central há alguns meses.
O nome escolhido pelo BC é formado por um conjunto de referências características da nova ferramenta:
- D – de digital;
- R – de real;
- E – de eletrônico;
- X – representa modernidade e conexão, além de repetir a última letra de “Pix”, o sistema de transferência instantânea.
Embora ainda esteja em fase de testes, com previsão para ser lançado apenas entre o fim de 2024 e o início de 2025, o novo real digital já vem levantando várias dúvidas.
Afinal, o que é o Drex? Qual será a sua funcionalidade? Qual é a diferença dele para o Pix? Será que ele pode se tornar o “Bitcoin” brasileiro?
A seguir, respondemos essas dúvidas e te mostramos como você, investidor, pode ganhar dinheiro com essa nova tecnologia.
O que é o Drex?
O Drex é a primeira moeda digital oficial do Brasil. Na prática, ele servirá como uma nova expressão das cédulas físicas como conhecemos hoje, emitidas pelo Banco Central.
Portanto, ele se valerá dos mesmos fundamentos e das mesmas políticas econômicas, que determinam o valor e a estabilidade do real convencional, para poder ser emitido.
Com isso, o Drex permitirá fazer transações financeiras, transferências e pagamentos, por exemplo. Assim, a única diferença para o real físico é que as transações ocorrerão apenas no ambiente digital.
Entre as principais características, o Drex:
- É classificado como Central Bank Digital Currency (CBDC, Moeda Digital de Banco Central, na sigla em inglês);
- Será emitido e ficará sob custódia do Banco Central;
- A cotação frente a outras moedas será a mesma do real hoje;
- A distribuição para o público será intermediada pelos bancos;
- Promete maior segurança jurídica e mais privacidade no compartilhamento de dados pessoais.
Para que servirá o Drex?
O objetivo do Banco Central com o lançamento do Drex é reduzir o custo das operações bancárias, como a emissão do papel-moeda, e ampliar o acesso das pessoas ao mercado.
“O acesso ao crédito e ao investimento ainda é muito restrito. As pessoas ainda têm muita dificuldade. A gente enxerga que, com essa tecnologia, as pessoas poderão ter outras oportunidades de investimento, que não só a caderneta de poupança. Elas vão poder fazer isso de maneira mais ágil, simples e vão poder acessar crédito mais barato, de uma maneira muito menos burocrática”, explicou Fabio Araujo, coordenador da iniciativa no BC, ao G1.
A compra e venda de imóveis também tende a ser facilitada com a criação do Drex, de acordo com Roberto Campos Neto, presidente do BC.
“Pessoas não vão querer comprar imóveis sem moeda digital, pois gera um contrato por centavos. Melhora toda a parte de registros e contratos, que hoje ainda é um sistema caro e ineficiente no Brasil”, afirmou Campos Neto, em palestra realizada em julho deste ano.
Na ocasião, o presidente do BC se referia aos chamados “contratos inteligentes” (Smart Contracts), que são autoexecutáveis, menos burocráticos e não requerem intermediação de terceiros, pois acontecem por meio da tecnologia blockchain.
A blockchain nada mais é do que um grande livro contábil, que registra vários tipos de transações e possui seus registros espalhados por vários computadores.
Na prática, esse recurso vai permitir, por exemplo, vender um imóvel com uso do Drex, ao mesmo tempo que a transferência desse bem é concluída de forma automática. Com isso, os cartórios não serão mais necessários para esse fim.
Outros exemplos de serviços que serão facilitados com a adoção do Drex são:
- Investimento e resgate de produtos financeiros 24 horas por dia, 7 dias por semana;
- Compra de pequenas participações de imóveis fracionados em tokens;
- Compra de até 1 centavo de título público;
- Uso de ação como garantia para tomar empréstimos;
- Empréstimos com “dinheiro digital carimbado”, estimulando a oferta de créditos setoriais;
- Empréstimos mais abertos e baratos com uso de finanças descentralizadas (DeFi), que poderiam até incluir crédito entre pessoas;
- Interação com Internet das Coisas (IoT), exemplo: TVs poderão ser programadas para pagar por um filme usando moeda digital.
Drex e Pix, qual é a diferença?
O Drex e o Pix não são a mesma coisa, mas podem ser apontados como…
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