A temporada de resultados ganha intensidade e, com ela, a forte reação aos balanços.
Entre as altas desta quinta-feira (9). além do Grupo Soma (SOMA3, R$ 6,19, +6,54%), estiveram Alpargatas (ALPA4, R$ 8,99, +2,63%) Cogna ([ativo=COGN3, R$ 2,72, +3,82%), Hapvida (HAPV3, R$ 4,46, +3,48%); elas, contudo, fecharam longe das máximas. Outras companhias que divulgaram bons números, como Ultrapar (UGPA3) e 3R (RRRP3) por sua vez, abriram em alta, mas fecharam em baixa, apesar dos bons resultados.
As quedas pós-balanço também foram expressivas. Além de Minerva (BEEF3, R$ 6,82, -13,45%), CBA (CBAV3, R$ 3,65, -13,51%), Aeris (AERI3, R$ 0,83, -10,75%) e Blau (BLAU3, R$ 14,80, -14,05%) caíram ao menos 10% após o balanço. Aeris e CBA ainda fizeram anúncios adicionais.
Banco do Brasil (BBAS3) e Oi (OIBR3) também caíram depois dos resultados.
Confira os destaques positivos e negativos dos resultados:
Maiores altas
Cogna (COGN3)
A Cogna (COGN3), grupo de educação dono da Vasta, Saber, Kroton, anunciou um prejuízo líquido ajustado de R$ 44,056 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), queda de 70,1% frente o prejuízo ajustado de R$ 147,472 milhões registrados em igual período do ano passado.
Em termos não ajustados, a Cogna teve queda anual de 51,5% no prejuízo líquido, saindo de R$ 211,313 milhões no 3T22 para resultado negativo de R$ 102,585 milhões no 3T23. A projeção média dos analistas de mercado, segundo consenso LSEG, era de prejuízo de R$ 110,51 milhões.
A receita líquida, por sua vez, registrou alta anual de 19,3%, para R$ 1,27 bilhão, praticamente em linha com a projeção LSEG de R$ 1,234 bilhão. A geração de caixa operacional (GCO) após capex totalizou R$ 254,79 milhões no trimestre, uma alta de 36,6% anual. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, ressalta a companhia, o GCO após capex foi de R$ 652,7 milhões, ante R$ 540,3 milhões no ano inteiro de 2022.
Na visão da XP, a Cogna reportou resultados ligeiramente positivos no 3T23, com aumento de receita e margem Ebitda pelo forte desempenho nas três unidades de negócios (Kroton, Vasta e Saber).
“Destacamos que a Kroton apresentou mais um trimestre de continuidade do seu processo de recuperação, com crescimento do volume sem queda dos tickets, além de significativa redução de PDD (provisões)”, avalia.
O Itaú BBA também aponta que a Cogna reportou um sólido crescimento de receitas de 19%, impulsionado pelo desempenho positivo em todas as unidades de negócios.
“O destaque ficou com a Kroton, que apresentou bom crescimento da base de alunos e tendência saudável de ticket (preço) médio. Em termos de rentabilidade, a empresa apresentou um forte aumento de 32% no resultado operacional (Ebitda) ajustado, superando nossa estimativa em 7,6% e levando a uma expansão de margem anual de 2,3 pontos percentuais”, aponta o banco.
A Genial ressalta que, dentro de Kroton, a estratégia da companhia em focar na Baixa Presencialidade (BP) tem surtido efeitos positivos, com o benefício da alavancagem operacional. Resultado disso, o volume da captação de BP cresceu 6,6% versus o 2S22, sendo o destaque para o Semipresencial crescendo 11,4% na mesma base comparativa.
No todo, a Kroton cresceu 6,9% sua base de alunos ultrapassando a marca de 1 milhão de alunos. Destaque também em Kroton foi a redução da taxa de evasão, reduzindo -1,4 p.p. ano contra ano, saindo de 17,9% para 16,5% em bases totais, avalia a casa.
Em Vasta, como esperado, a companhia ficou ligeiramente abaixo do seu guidance do ACV (valor anual do contrato) contratado, com 17,9% versus uma projeção de 20%. “O efeito do cenário macroeconômico e aperto monetário, fez com que o acesso ao crédito das escolas reduzisse e, por consequência, impactasse o atingimento por completo do guidance. Dito isso, a unidade tem apresentado bons números, principalmente quando falamos da receita recorrente”, avalia.
“Como temos visto nos últimos trimestres, a linha do resultado financeiro ainda deprecia bastante os ganhos operacionais da receita da companhia, fazendo com que a companhia consolide um prejuízo líquido de R$ 102,6 milhões”, aponta a casa, que tem recomendação de manutenção para o ativo, com preço-alvo de R$ 3.
A XP também tem recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 3,30. Os analistas ponderam que a alavancagem (considerando arrendamentos e…
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