Após cerca de uma semana de negociações, visitas técnicas e fórum internacional de negócios, a comitiva de cerca de 200 empresários mineiros embarca na tarde deste sábado (11), horário de Brasília, de volta ao Brasil.
Além dos 800 milhões de reais de investimentos atraídos pelo governo, empresários também fecharam negócios na China e têm projeções de parcerias para os próximos meses.
A Itatiaia conversou com o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, a respeito desses investimentos. Confira:
Qual que sua avaliação dessa jornada aqui na China?
Acho que a missão foi muito relevante. Primeiro fizemos a primeira edição do Brasil China Business Forum. Levamos para eles toda a potencialidade do Brasil em temas fundamentais, como transição energética, metais críticos, inovações tecnológicas. Empresas brasileiras vieram apresentar o que temos de melhor. E vamos fazer a segunda edição já em novembro do ano que vem. A gente quer fazer com que esse forum seja uma grande atração de investimentos para o Brasil, mas também de percepção dos brasileiros das oportunidades se exportar para China. Muita gente, quando pensa em China, só pensa em importar, quando, na verdade, existem grandes oportunidade para exportação. É o nosso maior parceiro comercial.
E a agenda de atração de investimentos?
O governador Romeu Zema fez um excelente trabalho, através de toda a sua equipe de secretaria de desenvolvimento econômico, que conseguiu alavancar bons investimentos. A Fiemg também apoiou nesse processo. Aqui, vários dos empresários que a gente trouxe já estão fazendo, nas suas rodadas de negócio, além de vender ele comprar, também joint ventures e parcerias. Então a gente deve ter vários investimentos anunciados nos próximos meses que foram oriundos de negociações feitas aqui. Alguns exemplos, uma fábrica de equipamentos de irrigação e uma fábrica de fertilizantes. Então, muitas empresas abrindo mercado, empresários que até então não conheciam o mercado chinês, vieram com a nossa delegação e ficaram encantados com potencial do mercado.
Os negócios e investimentos atraídos nessa viagem podem trazer que tipo de oportunidades, em termos de diversidades, para a indústria mineira?
A gente vê grandes oportunidades e nichos aqui na China para a indústria mineira e brasileira. A indústria de fármacos em Minas Gerais é uma indústria muito forte. Acredito que em no máximo três anos, Minas Gerais será o segundo maior produtor farmacêutico do Brasil. E com chance de, em uma década, se transformar no primeiro. E isso traz um monte de oportunidades. Há muitos produtos que são típicos do Brasil e que têm espaço no mercado chinês. Lembrando que o mercado aqui é de 1,5 bilhão de pessoas, então, se você tiver 5%, que goste do café brasileiro, por exemplo, estamos falando de 75 milhões de consumidores. É 1/3 do Brasil. Ou seja, a escala aqui é enorme. Nós tivemos em uma província junto com o governador, e a população da província é de 82 milhões de habitantes. O PIB da província é maior que do Brasil. Imagina as oportunidades desse mercado.
A cobertura da Missão Empresarial à China, que tem a participação do governador de Minas, é oferecimento da FIEMG. Essa iniciativa tem como patrocínio Master CODEMGE, CBMM, GERDAU, J.Mendes e VALE, e parceria Samarco e Arcellor.
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