14 de novembro de 2023 – 11:04
O Cineteatro São Luiz recebe a mostra itinerante A CINEMATECA É BRASILEIRA a partir desta terça, 14. A Cinemateca Brasileira está percorrendo o país com a mostra com o objetivo de estreitar os laços com instituições afins e apresentar parte da rica produção audiovisual brasileira, levando uma seleção de títulos importantes para a história do cinema brasileiro.
Em Fortaleza, a mostra acontecerá de 14 a 22/11 e encerramento no dia 25/11, numa parceria da instituição com o 33º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema e o Cineteatro São Luiz, equipamento público da Secretaria da Cultura do Ceará, gerido pelo Instituto Dragão do Mar.
O encerramento da mostra será na noite de abertura oficial do 33º Cine Ceará, dia 25/11 com a exibição do curta “Ilha das Flores” (1989), de Jorge Furtado e a presença da Diretora Geral da Cinemateca Brasileira, Maria Dora Mourão.
Locais que já receberam ao Cinemateca
A mostra A CINEMATECA É BRASILEIRA já passou por Curitiba, Belo Horizonte, Vitória, Vila Velha, Rio de Janeiro, Porto Alegre, João Pessoa e Recife e vai visitar espaços culturais e salas de Belém (PA), Brasília (DF), Brumadinho, Canaã dos Carajás (PA), Salvador (BA) e São Luís (MA).
“O Instituto Cultural Vale está ao lado da Cinemateca por entender a importância da casa da produção audiovisual brasileira, uma das maiores instituições do gênero no mundo, que preserva, também, um retrato da nossa própria identidade. Por isso, atuamos, juntos, em iniciativas pela sustentabilidade e modernização do espaço e pela salvaguarda de seu acervo, em especial, a coleção de filmes em nitrato de celulose, de valor inestimável”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale, que é patrocinador estratégico da Cinemateca Brasileira.
O evento faz parte do Projeto Viva Cinemateca, lançado em junho, que reúne os grandes projetos da Cinemateca voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica.
“Com o compromisso constante de transformar vidas, entendemos ser fundamental o fomento à cultura como ponte para o desenvolvimento e a cidadania. O papel que a Cinemateca tem para a construção, fortalecimento e memória do audiovisual brasileiro é inestimável e poder contribuir para um projeto como esse é o nosso legado de parceria junto à sociedade brasileira”, comenta Glauco Paiva, gerente executivo de Comunicação e Responsabilidade Social da Shell Brasil, patrocinadora master do projeto Viva Cinemateca.
CURADORIA DE FILMES
Para a Mostra, a curadoria da Cinemateca Brasileira preparou uma seleção de 19 filmes que perpassam diferentes momentos históricos, propostas estéticas e abordagens temáticas, demonstrando a riqueza do cinema brasileiro ao longo dos mais de 120 anos de história.
Dos primeiros tempos do cinema brasileiro, estão São Paulo: a sinfonia da metrópole (Rodolfo Lustig e Adalberto Kemeny, 1929), que sintetiza sua vocação para o documentário, e o mitológico e vanguardista Limite (Mário Peixoto, 1931). O desejo de estabelecer uma indústria cinematográfica forte no Brasil, que culmina na fundação dos estúdios Atlântida e Vera Cruz, pode ser visto em Carnaval Atlântida (José Carlos Burle, 1952), com a “dupla do barulho” Grande Otelo e Oscarito; em Jeca Tatu (Milton Amaral, 1959), título no qual Amácio Mazzaropi desenvolveu a figura do caipira, seu personagem mais conhecido; e na superprodução da Vera Cruz O cangaceiro (Lima Barreto, 1953). Cinco vezes favela (Marcos Farias; Carlos Diegues; Miguel Borges; Joaquim Pedro de Andrade; Leon Hirszmann, 1962) e o mais conhecido filme de Glauber Rocha, Deus e o diabo na terra do sol (1964), mostram a preocupação do Cinema Novo em representar a classe trabalhadora e as desigualdades sociais, enquanto o Cinema Marginal e seu O Bandido da Luz Vermelha (Rogério Sganzerla, 1968) desafiam a estética e linguagem cinemanovista.
O pagador de promessas (Anselmo Duarte, 1962), a partir de uma narrativa clássica aprimorada desde as produções da Vera Cruz, evoca o sincretismo religioso e a cultura popular. Produzido por Oswaldo Massaini, o filme conquistou a única Palma de Ouro no Festival de Cannes para o Brasil. Por sua…
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