Seis pessoas procuraram atendimento médico na Santa Casa BH, no bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul, com lesões na visão decorrentes da observação, sem proteção, do eclipse solar no último sábado (14). No Instituto de Olhos de Belo Horizonte, no mesmo bairro, um paciente foi atendido.
Segundo o coordenador médico da oftalmologia da Santa Casa BH, Luis Felipe Carneiro, todos os pacientes têm entre 10 e 20 anos e chegaram ao hospital com uma mancha no centro da visão. Em lesões mais graves, a mancha é mais escura, e a possibilidade de sequelas, maior.
“Não existe nenhum tratamento comprovado. A gente usa alguns remédios, mas não existe nenhum tratamento 100%, por isso precisamos prevenir. Quando a queimadura é mais intensa, fica uma sequela. Em casos mais leves, a mancha fica imperceptível depois de um tempo”, afirmou o médico.
O primeiro atendimento na Santa Casa foi realizado na tarde do último domingo (15), e os demais, ao longo da semana. De acordo com o oftalmologista, o problema de observar o eclipse sem proteção é o mesmo de encarar o Sol: a radiação ultravioleta pode queimar a retina.
“O olho da gente foca o raio de luz, como se fosse uma lupa. Quando fica muito quente, gera uma queimadura. Ninguém olha para o Sol, mas o eclipse é um evento, as pessoas olham e acabam machucando”, disse.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, não foram atendidos casos de danos à visão em decorrência da observação do eclipse na rede.
Ao menos 7 pessoas buscam atendimento em BH com danos na visão ao observar eclipse solar
O eclipse solar acontece quando a Lua passa entre a Terra e o Sol, escurecendo o astro por alguns minutos. Na capital mineira, o fenômeno foi parcial, e uma parte do Sol ficou visível.
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