OUTRO GIGANTE DESCANSOU: RIP HENRY KISSINGER
Os investidores reagem a alguns indicadores desfavoráveis da China, que afetaram os mercados na Ásia, enquanto aguardam a medida predileta do Fed para a inflação, o PCE de outubro nos EUA.
Um resultado abaixo do previsto seria um contraponto positivo ao robusto crescimento do PIB no terceiro trimestre, que já é considerado um dado passado, com impacto limitado nas considerações para os próximos trimestres.
À espera desses números, os mercados europeus e os futuros americanos apresentam ganhos.
Além disso, as commodities registram alta, impulsionadas pela possibilidade de um novo corte de produção por parte da OPEP+.
Cada vez mais, consolida-se a compreensão de que os bancos centrais das nações desenvolvidas não apenas estão prontos para concluir o ciclo de aperto monetário, mas também estão dispostos a discutir a redução das taxas de juros já no primeiro semestre de 2024.
Destaca-se, por exemplo, a inflação ao consumidor na Alemanha e na Espanha, que ficou aquém das expectativas do mercado.
O mesmo padrão se aplica à inflação na Zona do Euro como um todo, que também se situou abaixo das projeções. Declarações adicionais de autoridades monetárias podem reforçar essa percepção.
A ver…
00:41 — A agenda acabou andando mesmo com todo mundo viajando
No Brasil, é surpreendente observar que a agenda da equipe econômica está progredindo, mesmo com a presença da maioria das autoridades governamentais relevantes na COP28, nos Emirados Árabes Unidos.
Ontem, André Mendonça, do STF, autorizou ação do governo solicitando o adiantamento de pagamento de precatórios.
Com isso, o julgamento foi retomado hoje, desempenhando um papel crucial nos planos da Fazenda para cumprir as normas do novo arcabouço, reduzindo o déficit e desativando uma bomba-relógio de precatórios para os próximos anos (podendo atingir R$ 199,9 bilhões, ou 1,4% do PIB, até 2027). Já é conhecido que existe maioria para seguir a direção favorável à Fazenda, representando mais uma vitória para Haddad.
Paralelamente, as negociações no Congresso continuam para impulsionar a pauta econômica.
O Senado aprovou, sem modificações, o projeto de taxação dos fundos exclusivos e offshores, agora aguardando a sanção presidencial. Quanto ao texto sobre apostas esportivas, ficou para a próxima semana, mas a aprovação é esperada, mesmo que com ligeiras alterações devido a algum acordo ainda pendente.
Outro ponto destacado foi a criação da comissão mista encarregada de discutir o texto referente à subvenção do ICMS, um tema de extrema importância para as finanças públicas.
A intenção é aprovar tudo ainda neste ano, o que seria positivo para a curva de juros e para os ativos de risco.
Na agenda, temos a divulgação da Pnad Contínua, com a taxa de desemprego do trimestre encerrado em outubro, e a AGE da Petrobras para deliberar sobre mudanças no estatuto e provisão para dividendos.
01:57 — Desacelerando depois de um belo trimestre
Nos Estados Unidos, o Livro Bege confirmou as expectativas de que a economia americana está desacelerando neste quarto trimestre, após um terceiro trimestre fenomenalmente positivo, com crescimento revisado para 5,2% em termos anualizados (em comparação com os 4,9% anteriores).
Antigamente, uma leitura forte teria provocado uma queda nas ações, à medida que os investidores antecipavam um aumento na probabilidade de elevações nas taxas.
No entanto, hoje, a leitura do PIB é considerada um dado antigo, tendo um impacto menor do que poderíamos presumir.
Além disso, Tom Barkin, presidente do Fed de Richmond, afirmou que, embora o quarto trimestre seja atípico em termos de dados, devido às compras de fim de ano, ele prevê um crescimento mais moderado.
Já observamos sinais de consumidores reduzindo o ritmo, o que, por sua vez, deve resultar em uma desaceleração mais acentuada da inflação.
Portanto, é relevante prestar atenção nos dados de inflação de hoje.
O índice de preços de despesas de consumo pessoal é a medida favorita do Fed para avaliar a inflação, principalmente devido à sua sensibilidade a possíveis mudanças nos padrões de consumo.
Na mediana, espera-se que o núcleo do índice aumente 3,5% ano após ano, representando uma queda em relação ao aumento de 3,7% registrado em setembro.
Números abaixo do esperado poderiam influenciar positivamente os mercados…
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