Ibovespa hoje avança e sobe 12% no mês
No último pregão de novembro, a Bolsa brasileira fez o que fez praticamente o mês inteiro: subiu. E, nesta quinta, contou com a ajuda de quase todos os pesos-pesados. O varejo ganhou força com os DIs (juros futuros) em queda durante quase todo o dia e Magazine Luiza (MGLU3) acabou se recuperando com mais 7,45%, depois de quatro dias seguidos no vermelho. No mês, a alta ficou acima dos 51%. As cotações foram consolidadas após os leilões de encerramento.
O movimento se espalhou pelos principais nomes do setor, com Lojas Renner (LREN3) ganhando 1,74% hoje e mais de 30% em novembro, com melhora do cenário de crédito, valuation barato e implantação de novo centro de distribuição. Mas nem todo o varejo se beneficiou. Assaí (ASAI3), por exemplo, caiu 1,82%.
O setor financeiro também fechou o mês no azul e este último dia contribuiu para isso, com os grandes bancos oferecendo ganhos: BB (BBAS3), +2,92%; Bradesco (BBDC4), +0,87%; Itaú Unibanco (ITUB4), +1,54%; e Santander (SANB11), +0,98%.
B3 (B3SA3) passou a tarde renovando máximas até diminuir o ritmo e terminar o dia com alta de 0,38%.
Embraer (EMBR3) foi outro ativo de destaque nesta quinta. A empresa anunciou pedido da Porter Airlines para compra de 25 aeronaves do modelo E195-E2, no valor de US$ 2,1 bilhões. Analistas gostaram da notícia e a ação decolou 5,44%.
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) sobem
Os dois nomes mais potentes do Ibovespa não decepcionaram. Petrobras (PETR4) ganhou 1,93%, em dia bastante tenso para o ativo. Isso porque a empresa marcou e realizou assembleia com acionistas para mudar pontos do estatuto. No final das contas, as mudanças foram aprovadas, com quase 55% dos votos.
Mas o ponto de tensão acabou sendo compensado pela notícia de que a Opep+ convidou o Brasil para participar da organização. O governo brasileiro indica que deve aderir.
Hoje, o grupo de países produtores finalmente fez sua reunião, que estava prevista para domingo passado (26), para tratar sobre cortes de produção e o acordo que se chegou foi por um corte de 2 milhões por dia. Mesmo assim as duas principais referências da commodity internacionalmente fecharam o dia em queda.
No caso da Vale (VALE3), as ações subiram 0,54%, acumulando alta de mais de 10% em novembro, com o otimismo sobre o minério de ferro.
Gerdau (GGBR4) e Braskem (BRKM5) em queda
As metalúrgicas brasileiras – como CSN (CSNA3), Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) – devem continuar a enfrentar desafios no curto e médio prazo – ao menos é o que acredita o time de analistas de um grande banco. Eles projetam um quarto trimestre de 2023 ainda fraco para o setor e ainda uma incerteza para o primeiro trimestre do ano que vem.
Ainda assim, CSNA3 e USIM5 subiram 0,80% e 1,42%, enquanto GGBR4 caiu 2,24%.
Braskem (BRKM5) afundou 6,45%, com a intimação que recebeu hoje no valor de R$ 1 bilhão. A empresa foi intimada hoje sobre um deferimento de tutela de urgência em nova ação de autoridades federais e de Alagoas sobre danos causados por movimentação do solo em Maceió.
Klabin (KLBN11) também se enrolou e cedeu 3,67%, com a divulgação de suas estimativas de investimentos, sendo R$ 4,5 bilhões previstos para 2023 e mais R$ 4,5 bilhões ao longo de 2024.
Hidrovias do Brasil (HBSA3) também caiu, mas na ordem de 0,82%, com rebaixamento de recomendação de compra para neutra.
Ibovespa tem o melhor mês desde novembro de 2020
O Ibovespa fechou o último pregão do mês com alta de 0,92%, aos 127,3 mil ponto, após os leilões de encerramento. Com isso, novembro ficou com ganhos de 12,54%, o melhor desempenho mensal em três anos, desde novembro de 2020, quando alcançou uma alta de 15,90%.
Gatilho não faltou para o principal índice brasileiro. Por aqui, a taxa média de desemprego surpreendeu positivamente e caiu para 7,6% no trimestre encerrado em outubro, ante os 7,7% observados em setembro, conforme dados da PNAD Contínua do IBGE. O nível é o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%).
Ajudou também o fato dos índices de inflação lá fora ficarem bem comportados. Inflação ao consumidor na zona do euro desacelerou para 2,4% em novembro, segundo prévia.
E o núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE) nos EUA, um dos indicadores mais importantes para as decisões de política monetária do…
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