Os destaques do dia nos mercados ficam com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Brasil e o índice de inflação ao consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês), ambos relativos a novembro, que podem dar tom aos comunicados das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) brasileiro e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que iniciam nesta terça-feira (12) e terminam amanhã (13).
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Há expectativas também pela apresentação do parecer da Medida Provisória da Subvenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), além da votação na Comissão Mista do Orçamento (CMO) da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) de 2024 e, no Senado, do projeto de tributação das apostas esportivas.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de reunião do “Conselhão” e de anúncio de investimentos de bancos públicos em Estados, no Palácio do Planalto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontra também o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e senador Renan Calheiros (MDB) para tratar sobre a situação do Estado de Alagoas, após o rompimento parcial da mina 18 da Braskem (BRKM5).
Os sinais se mantém positivos entre os futuros das bolsas de Nova York e na Europa, enquanto os juros dos Treasuries (títulos da dívida dos EUA) e o dólar recuam.
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O foco está na divulgação do CPI dos EUA em meio a especulações entre investidores sobre quando começariam ciclos de relaxamento pelos bancos centrais. A persistência da inflação é um dos grandes guias para a política de Fed, Banco Central Europeu (BCE) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), todos com decisões nesta semana.
A expectativa é de que o CPI estadunidense tenha ficado estável em novembro na comparação com outubro, de acordo com a mediana dos 28 analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Caso a previsão se confirme, este será o segundo mês seguido de estabilidade no indicador de inflação.
Para analistas do mercado, o dado poderá provocar algum ajuste nas apostas para a política monetária, mas não deve levar o Fed a mudar de rota nesta semana. O mercado vê como majoritário o cenário de manutenção das taxas à faixa de 5,25% a 5,50% ao ano até a reunião de maio do Fed, quando haveria o primeiro corte, segundo o monitoramento do CME Group.
Entre os mercados acionários europeus, Londres tem mais impulso, após a taxa de desemprego no Reino Unido se manter estável, em 4,2% no trimestre até outubro, em linha com o previsto por analistas ouvidos pelo Wall Street Journal. O indicador reforça a chance de corte de juros pelo Banco da Inglaterra mais adiante. Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas subiu a 12,8 em dezembro, mais que o dobro da previsão dos analistas (5,7).
Na Ásia, o tom positivo predominou também em meio a especulações sobre mais medidas de estímulos por Pequim, após reuniões recentes de autoridades locais.
No Brasil
O quadro externo mais positivo pode beneficiar os ativos locais na abertura dos negócios em meio a repercussões do IPCA de novembro. Após quatro meses de deflação, o mercado prevê aceleração do IPCA a 0,29% em novembro, ante 0,24% em outubro, em decorrência do grupo Alimentação e bebidas, enquanto para o acumulado em 12 meses, a mediana indica desaceleração, de 4,82% para 4,69% – abaixo do teto da meta de inflação, de 4,75%, de acordo com pesquisa Projeções Broadcast.
As votações da pauta econômica do governo no Congresso programadas podem influir também no humor diante do quadro fiscal incerto no País. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, indicou que o governo foi surpreendido em “inúmeros aspectos” com o relatório do projeto de lei…
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