Dados do Instituto de Estatística e Censos (Indec) revelaram que a inflação na Argentina atingiu 211,4% em 2023, marcando a maior taxa anual desde a hiperinflação em 1990
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247- O presidente da Argentina, Javier Milei, voltou a ameaçar o fechamento do Banco Central em uma entrevista concedida à rádio La Red nesta quinta-feira (11). Em suas declarações, Milei reiterou sua promessa de campanha, justificando que o país está passando por um “processo de rearranjo de preços” que resultará em um “período de inflação com números horríveis”.
Questionado sobre a possibilidade de dolarizar a economia, Milei respondeu de maneira enfática: “Mais cedo ou mais tarde, vou fechar o Banco Central”. Essas declarações ecoam as preocupações sobre o futuro da política econômica do presidente argentino.
Os números recentes divulgados pelo Instituto de Estatística e Censos (Indec) revelaram que a inflação na Argentina atingiu 211,4% em 2023, marcando a maior taxa anual desde a hiperinflação em 1990. O mês de dezembro de 2023 registrou um aumento de 25,5% nos preços para o consumidor, resultado das medidas implementadas pelo governo de Milei, que assumiu o cargo no mês anterior, como destaca o site Último Segundo.
Antes de assumir a presidência, a Argentina já enfrentava uma alta inflacionária significativa, com um índice acumulado no ano de 148,2% em novembro. Milei, por sua vez, afirmou estar disposto a privatizar o Banco Nación e todas as empresas estatais, reconhecendo os desafios herdados por seu governo.
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Apesar da elevada inflação, Milei destacou que sua administração alcançou a “negociação mais rápida da história” com o Fundo Monetário Internacional (FMI), implementando um plano de ajustamento mais profundo do que o solicitado pelo órgão. O recente acordo entre a Argentina e o FMI, assinado na última quarta-feira (10), permitirá o desbloqueio de US$ 4,7 bilhões, enquanto o governo se compromete a transformar o déficit primário em superavit e aumentar as reservas líquidas.
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