Apesar da quantia arrecadada ter sido de 1,5 mil milhões de dólares com a extracção de diamantes em Angola, o país viu a sua produção anual ficar aquém do esperado em mais de 2,6 milhões de quilates, quedando-se pelos 9,8 milhões, um valor que está na média dos últimos anos.
Novo Jornal
18 de Janeiro 2024 às 14:58
Numa cerimónia de apresentação de resultados realizada na quarta-feira, o presidente do conselho de administração da Endiama, José Ganga Júnior, explicou a quebra nos resultados com constrangimentos na central de tratamento da Sociedade Mineira do Luele, na Lunda Sul.
“O défice foi particularmente acentuado no terceiro e quarto trimestres de 2023 devendo-se a constrangimentos no arranque da central de tratamento da Sociedade Mineira do Luele bem como a redução dos níveis de produção de alguns projectos”, pode ler-se no balanço dos resultados apresentado por Ganga Júnior.
Outro factor apresentado como justificação para os resultados abaixo das expectativas foi a dificuldade de importar equipamentos por falta de divisas para as áreas de mineração activas no país, que são pouco mais de 50, entre operacionais e em fase de reestruturação.
Nesta ocasião, José Ganga Júnior voltou a apontar para um forte crescimento da produção no ano corrente, estimando que esta possa chegar aos 14,6 milhões de quilates em 2024, uma cifra que já devia ter sido alcançado se as estimativas anunciadas tivessem sido confirmadas e estava planeado no Plano de Desenvolvimento Nacional – 2018-2022.