O mercado é pouco internacionalizado por aqui. Além das barreiras regulatórias – apenas investidores qualificados podem comprar ativos internacionais no Brasil –, a oferta de produtos ainda é restrita. Por isso, o lançamento de uma moeda digital, como o Drex, pode facilitar essas transações. No entanto, isso ainda vai demorar.
Anunciado pelo Banco Central (BC) em meados de 2022, o Drex, anteriormente denominado simplesmente real digital, é uma das várias moedas digitais preparadas por bancos centrais, ou Central Bank Digital Currencies (CDBC). Essas iniciativas visam tanto aumentar a fluidez do sistema financeiro quanto ampliar a visibilidade das autoridades monetárias sobre o que ocorre na economia.
Contratos inteligentes
Em suas primeiras fases, o Drex estará disponível apenas para operações entre instituições financeiras. Eventualmente, o público poderá usar a nova moeda digital em suas transações por meio de carteiras digitais geridas por bancos e fintechs. Essas carteiras servirão como mediadoras, permitindo a conversão de reais em Drex. Assim, operações como a aquisição de bens serão simplificadas, conectando compradores e vendedores em um ecossistema digital.
Transações
A previsão é de que a novidade chegue aos brasileiros no fim de 2024 e vai impor às empresas uma transformação digital que deve ser iniciada imediatamente. Um exemplo prático é a automatização do pagamento por serviços prestados. Como muitas das moedas baseadas em blockchain, o Drex permitirá a criação de “smart contracts”, ou contratos inteligentes. Ou seja, a moeda digital poderá ter serviços acoplados.
Explicando. Por exemplo, na venda de um imóvel, a transação pode definir que, quando o processo de transferência for realizado, o pagamento ocorra automaticamente. “O Drex vai trazer mais rapidez, praticidade e menor custo para várias transações contratuais e financeiras que fazemos hoje”, diz Moura. “Esse processo passa pela compreensão de que as transações podem ser automatizadas para ocorrer vinculadas ao fechamento do negócio”, diz Henrique de Castro, especialista em inovação e CEO New Rizon, empresa de inovação tecnológica.
Internacionalização
Segundo Michael Orcutt, do Massachusetts Institute of Technology (MIT), apesar de o governo chinês ainda estar buscando encontrar aplicativos atraentes para a moeda digital, a adoção foi mínima. No entanto, avalia, o objetivo pode estar se ampliando. “A China parece estar avançando com planos de usar a moeda digital para além de suas fronteiras, para o comércio internacional”, diz ele. “Se for bem-sucedida nisso, a China poderá…
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