Por Luana Maria Benedito
(Reuters) – O dólar mostrava instabilidade frente ao real nesta terça-feira, após dados norte-americanos mistos provocarem turbulências no mercado, ainda que deixando intactas as perspectivas de que o Federal Reserve parará de apertar a política monetária em breve.
Às 10:03 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,06%, a 4,8105 reais na venda.
Na B3 (BVMF:B3SA3), às 10:03 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,04%, a 4,8215 reais.
“Não descarto nenhum cenário para hoje, acredito que teremos alguma volatilidade”, disse Fernando Bergallo, diretor de operações da FB Capital. “Mercados ainda tentando se recuperar do dia ruim de ontem, que foi contaminado por um grande mau humor por conta dos dados que vieram da China.”
Na véspera, o dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8074 reais na venda, com alta de 0,25%, após a divulgação de dados econômicos fracos da segunda maior economia do mundo, que derrubou os preços de commodities e, consequentemente, divisas sensíveis a esse tipo de produto.
O foco do pregão estava sobre dados dos EUA, com uma leitura de mais cedo mostrando que as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram menos do que o esperado em junho, embora os gastos do consumidor pareçam sólidos, o que provavelmente manteve a economia firme no segundo trimestre.
Num geral, a leitura não alterou a expectativa do mercado de que o Federal Reserve elevará sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual na semana que vem, sendo este o provável último aumento de seu agressivo ciclo de aperto monetário.
Nesta manhã, serão ainda divulgados dados sobre a produção industrial dos EUA em junho.
“Dados dos EUA devem balizar o mercado, e podem ajudar na recuperação dos mercados, ou, caso apoiem um cenário ainda de aperto monetário do Fed, devem penalizar ainda mais o real e fazer a cotação do dólar subir pelo segundo dia seguido”, disse Bergallo.
Já na cena local, disse Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da Stonex, pesa sobre o real a “pressão maior sobre o Banco Central no que se refere ao início da flexibilização das taxas de juros, ao mesmo tempo que as estimativas de crescimento para o PIB também começam a ser questionadas, dada a forte desaceleração da atividade”.
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