Para Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, “a crescente demanda por transportes via aplicativos e deliveries, tanto pelo consumidor quanto pelos trabalhadores, justificam essa alta no setor”.
A frota de veículos, incluindo automóveis, ônibus, caminhões e motos, deve passar, em 2023, de 113,4 milhões para mais de 117 milhões. Também está em alta a quantidade de comércio e reparação de veículos. No último ano houve um aumento de cerca de 5,3% das lojas existentes, totalizando atualmente 909.122 empresas automotivas no Brasil.
Frota antiga aumenta gastos
Uma das razões para o aumento da necessidade de manutenção é a tendência do brasileiro, desde o início da pandemia, de buscar carros cada vez mais usados. Portanto, com maior necessidade de reparos.
De acordo com dados da Federação dos Revendedores de Veículos Usados (Fenauto), em agosto, entre autos, comerciais leves e pesados, motocicletas e outros, foram vendidas 1.315.179 unidades usadas em todo o Brasil, resultando em uma elevação de 10,9% sobre o total de julho. Nesse mesmo período, os veículos com 13 anos ou mais de uso foram os mais escolhidos dos consumidores, com 470.845 unidades comercializadas.
A idade dos carros procurados reflete diretamente o poder de compra do brasileiro sendo encolhido. Quando o preço dos carros novos subiu, a população teve que recorrer aos usados, e foi optado por modelos mais antigos a cada galope da inflação, principalmente direcionada ao setor. Por outro lado, os gastos com manutenção, que muitas vezes parecem “invisíveis”, porque não são programados, vêm subindo.
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