Para Pedro Cardoso “tudo tem limites”, até o humor. O ator enxerga a comédia brasileira como um dos combustíveis para o crescimento do autoritarismo no país.
“A própria Constituição contempla um pouco isso, que todo limite é limitado pelos outros direitos, todos os direitos são limitados pelos outros direitos, nenhum direito é absoluto. Eu acho que o humor tem limite, é difícil precisar em que momento o humor atravessou um limite ou em que momento o sensor do humor está atravessando o limite”, afirma Cardoso.
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O artista está em cartaz com duas peças em São Paulo, Recém Nascido, em cartaz no teatro Clube Barbixas de Comédia, e À Sombra do Pai, no Teatro Morumbi Shopping. As duas obras.
“A falta de educação é um dos pilares do fascismo brasileiro, porque a falta de educação impede uma conversa consequente. Se eu te ofendo aqui, se eu te desrespeito, você faz uma pergunta, eu falo, “pega esse microfone e que se dane…”, o objetivo da nossa conversa desaparece”, argumenta o ator.
Pedro Cardoso manifesta sua posição política tanto nos palcos como também nas redes sociais. Para ele, o movimento bolsonarista que cresceu no país nos últimos anos está relacionado ao que ele denomina de “fascismo brasileiro”.
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Para o ator, um dos caminhos que esse pensamento encontrou para se expandir foi por meio da comédia, em especial o stand up.
“E quando essa comédia solitária apareceu [stand up], muitos desses comediantes tinham o mesmo comportamento do fascismo, e depois se revelou que muitos deles apoiaram Jair Messias Bolsonaro. Tem uma agressividade desrespeitosa que não é direito de ninguém.”
Taxa de juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) encerra nesta quarta-feira (20) sua sexta reunião do ano para definir o patamar da taxa básica de juros da economia nacional, a Selic. No quinto encontro, em agosto, o órgão reduziu a taxa de 13,75% ao ano para 13,25% ao ano. Sinalizou, inclusive, que pretende fazer novos cortes de 0,5 ponto na Selic nesta e nas próximas reuniões.
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Essa sinalização, no entanto, ocorreu antes do cenário da inflação do país mudar. De janeiro a junho, o Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma desaceleração, abrindo espaço para uma política monetária mais flexível do BC. De julho em diante, o IPCA voltou a subir e, em agosto, já acumulava 4,61% nos últimos 12 meses – o que, em tese, poderia fazer o BC reduzir o ritmo da queda da Selic.
Lula na ONU
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso incisivo na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (19), em Nova York (Estados Unidos). Ao falar à comunidade internacional, ele criticou o que chamou de “imobilismo” e “paralisia” de organizações como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e as próprias Nações Unidas, e disse que o surgimento do Brics veio na esteira desse cenário.
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Lula destacou a recente ampliação do Brics, com a entrada de Argentina, Irã, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia, e afirma que esse movimento fortalece a luta por um cenário de maior pluralidade econômica, geográfica e política.
“Nas principais instâncias da governança global, negociações em que todos os países têm voz e voto perderam fôlego. Quando as instituições reproduzem as desigualdades, elas fazem parte do problema, e não da solução. No ano passado, o FMI disponibilizou 160 bilhões de dólares em direitos especiais de saque para países europeus, e apenas 34 bilhões para países africanos. A representação desigual e distorcida na direção do FMI e do Banco Mundial é inaceitável”, prosseguiu.
Sintonize
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