Francisco De LaurentiisLeitura: 4 min.
Em nova movimentação no caso do golpe das criptomoedas, o lateral-direito Mayke, do Palmeiras, aumentou o valor cobrado em cima do atacante Willian “Bigode”, atualmente emprestado pelo Fluminense ao Athletico-PR.
Quando o caso veio à tona, o ala cobrava R$ 7.834.232,61 em prejuízos causados pela Xland, que foi indicada pela WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, empresa de aconselhamento financeiro de Willian, sua esposa e mais uma sócia.
Agora, a defesa de Mayke foi novamente à Justiça e apresentou a atualização da dívida, passando a cobrar o valor de R$ 8.514.365,64.
No cálculo apresentado pelos advogados do atleta palestrino, devem ser adicionados os juros moratórios, no valor de R$ 630.693,75.
A pedida do lateral vem duas semanas depois de uma decisão favorável da Justiça aos seus pedidos.
Como mostrou a ESPN em 9 de outubro, a 25ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) negou dois recursos de “Bigode” sobre a penhora de suas contas bancárias no caso das criptomoedas.
Em julgamento realizado pelos desembargadores Marcondes D’Angelo, Hugo Crepaldi e Carmen Lúcia da Silva, foi primeiramente negado recurso para retirar a WLJC do polo passivo da ação, o que foi determinado em 1ª instância em junho deste ano, como mostrou a ESPN na ocasião. Com isso, a empresa de Willian seguirá respondendo judicialmente por ter indicado a Xland a Mayke para investimentos em criptomoedas.
De acordo com os desembargadores, fica claro que houve “relação de consumo”, uma vez que “os autores contrataram os serviços da gestora de investimentos enquanto consumidores finais de seus serviços profissionais ofertados ao mercado de forma ampla”.
Já no 2º julgamento, a 25ª Câmara de Direito Privado também negou recurso de Willian para desbloquear R$ 1.720.897,99 que foram arrestados das contas bancárias do atleta e seus sócios, de forma a saldar o prejuízo de Mayke no golpe das criptomoedas.
De acordo com relatório, a Justiça voltou a negar que as pedras preciosas da Xland, supostamente avaliadas em US$ 500 milhões (R$ 2,563 bilhões), possam ser usadas para ressarcir o prejuízo, como pedia a defesa do jogador emprestado pelo Fluminense ao Athletico-PR.
“Como já registrado em primeiro grau de jurisdição, ao que tudo indica se trata de garantia inidônea, pois adquirida em momento anterior pela Xland ao custo de apenas R$ 6.000,00, apontando haver vício em sua avaliação ou ilícito quanto à sua aquisição”, escreveu o desembargador Marcondes D’Angelo.
A ESPN mostrou a discrepância dos valores de avaliação das alexandritas em reportagem publicada em março deste ano.
Dessa forma, o valor de R$ 1.720.897,99 seguirá bloqueado por determinação judicial.
Agora, Willian “Bigode” e os outros sócios da WLJC Consultoria e Gestão Empresarial podem entrar com novo recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que é a última instância.
Read More: Criptomoedas: Mayke aumenta cobrança sobre Willian ‘Bigode’