A Petrobras detalhou, nesta terça-feira (17), oportunidades que os novos projetos da companhia voltados à energia eólica e à exploração de petróleo no mar do Rio Grande do Norte trazem para o setor de micro e pequenas empresas. “É toda uma cadeia que poderá ser desenvolvida no estado e na região”, disse o gerente geral de Geração Renovável da estatal, Daniel Faro.
O assunto foi discutido no “Encontro com Fornecedores – Construindo Negócios com a Petrobras”, promovido em parceria com o Sebrae-RN e o apoio da Federação das Indústrias (FIERN).
Segundo as instituições envolvidas, o objetivo do evento foi aproximar as demandas atuais e futuras da companhia de potenciais ofertantes, em um contexto em que novos investimentos despontam no horizonte.
“Nós já vimos isso dar certo antes, quando houve a instituição do PROMINP (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural, criado para fomentar a participação da indústria nacional de bens e serviços, na implantação de projetos do setor) e a mobilização para atividades onshore (em terra) de óleo e gás, que deu origem à cadeia produtiva”, disse o diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), Rodrigo Mello, representando o presidente da FIERN e do Conselho Regional do SENAI, Amaro Sales de Araújo, na abertura.
O movimento de estímulo à participação de micro e pequenos fornecedores potiguares na cadeia de suprimentos da Petrobras foi iniciado cerca de 20 anos atrás com foco nas operações que a empresa mantinha na região de Mossoró.
Agora, segundo o executivo, novas áreas de investimento já anunciadas expandem possibilidades de negócios e de dinamização da economia.
“Imaginem o que pode acontecer agora, quando as perspectivas são muitas vezes maiores, num ambiente mais maduro e com as novas frentes que se abrem na Margem Equatorial, com óleo, gás e a grande fronteira energética do Brasil, que é a eólica offshore”, frisou Mello, diante de dezenas de empresas na plateia.
O diretor disse enxergar “um real potencial de fortalecimento econômico do Rio Grande do Norte na esteira dos novos projetos” e que “a Federação das Indústrias, que mantém-se parceira da Petrobras em ações de educação, Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação, através do SENAI, não medirá esforços para contribuir para o melhor sucesso possível desse movimento”.
Oportunidades
Hoje, dos 44 mil fornecedores da companhia cadastrados no Nordeste, 6 mil são do Rio Grande do Norte e a necessidade de “uma forte cadeia fornecedora” é acentuada, segundo a empresa, em áreas que vão desde bens e serviços até tecnologia e inovação.
No caso da geração eólica offshore, por exemplo, possibilidades desde a fase de pré-desenvolvimento dos projetos foram apresentadas.
“Nós temos 10 projetos no Brasil e sete deles estão no Nordeste, sendo quatro a serem desenvolvidos no Rio Grande do Norte”, disse Daniel Faro, gerente na área. “Esses projetos envolvem vários equipamentos, subestação, embarcações, instalação”, exemplificou ainda.
Os pedidos de licenciamento para implantação dos complexos em áreas marítimas foram anunciados em setembro, no Brazil Windpower, o maior evento do setor eólico na América Latina. Na área do petróleo, a Petrobras divulgou, no início de outubro, já estar com a licença necessária à perfuração de dois poços exploratórios em águas profundas da Bacia Potiguar.
Com a maior empresa da indústria de óleo e gás no Brasil reforçando a atuação na atividade e firmando posição clara em relação às energias renováveis, um novo cenário de oportunidades surge na área, frisou, durante o Encontro, o pesquisador do Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, Raniere Rodrigues.
“O fato de a companhia estar no Brasil, país que se destaca em disponibilidade desses recursos renováveis no…
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